segunda-feira, 30 de junho de 2008

Tenemos tortilla, tenemos jamón. España campeón?

Lemos a pérola acima na camiseta de um grupo de torcedores que embarcavam para Berlim com a gente justo no momento em que comentávamos que os espanhóis são péssimos como torcida. Explico o porquê:
1 - eles não sabem fazer canções de torcida. As que usam são algo entre o pré-primário e a segunda série do primeiro grau - vide o "slogan" que o grupo teve a coragem de imortalizar numa camiseta. No jogo das semi-finais um grupo gritava: "Este partido nos vamos ganar"... E por aí vai...
2 - eles não acreditavam na seleção - vide o ponto de interrogação no final do "slogan. A grande aposta é se iam passar das quartas de finais.
Nossa suspeita é que tudo começa com o hino espanhol, que não tem letra. Sim, não tem letra. Meio frustrante não soltar a voz quando começa a música no estádio, não?
Bueno, mas Espanha tem tortilla, tem jamón e É CAMPEÓN! Ruas cheias de gente (sem um canto lá muito definido), praças lotadas (sem um showzinho pré-organizado), mas muita alegria (essa sim, comum a qualque torcedor que vê seu time ter uma conquista histórica, tenha ele, o torcedor, canto ou não). E nossa alegria era tão grande quanto de estar aqui neste momento.

Fonte da Plaza de Legazpi, tomada por espanhóis depois da vitória.


Outra de fonte da Plaza de Legazpi.


O caminho até Plaza de Cibeles, local tradicional de comemoração.


Plaza de Cibeles, onde se podiam ouvir cânticos como: "el día 29, España campeona". Hein???

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Vitrine

E a escolhida da viagem a Sevilha é...


Sevilha - Espanha - Abril 2008

Sevilla!

Depois de Las Fallas, em Valência, nosso circuito das festas espanholas teve uma parada em Sevilha. Era a Feria de Abril, uma das festas mais famosas do país. O ônibus nos deixou na estação umas quatro da matina. Ao sair, nos deparamos com uma mulher saindo do táxi vestida como uma autêntica espanhola, assim como vemos nos filmes: vestido comprido de bolinhas, cabelo preso com um adereço. Ficamos surpresos. Parecia, para ela, ser a coisa mais natural do mundo estar vestida assim. Bueno, fomos para a casa onde nos hospedaríamos. Qual nossa supresa quando, ao acordar, abrimos a janela e... dezenas de mulheres vestidas assim pela rua. Os homens usam uma roupa característica também. Depois de dois dias de festa, nos acostumamos com a cena e quase começamos a achar normal. Seguem algumas imagens da Feria de Abril.


"Que roupa colocarei hoje? Ah! Aquele vestidinho simples e cômodo que tenho no armário". Era o chiste que não cansamos de fazer ao circular pela cidade vendo figuras como essa senhora.


A Feria acontece um pouco mais distante do centro da cidade. E chique, mesmo, é chegar nessas "carruagens". "Oitenta euros? Não, obrigado, vamos a pé, mesmo.


As chicas vão com os vestidões, alguns chicos vão como este, mas a maioria vao "normal" mesmo. A regra na Feria é todos irem às casetas (as tendas onde tem música, comida e festa) com suas melhores roupas, para ver e serem vistos.
A foto acima é no parque onde estão as casetas. É como um bairro com mais de 100 barracas. A grande maioria - e as melhores - são privadas, ou seja, é necessário ser convidado ou comprar um passe que pode valer até uns 500 euros. Nós que não somos bobos nem nada aproveitamos a distração de uns seguranças e entramos em DOZE em uma caseta privada, e por lá ficamos, dançamos, comemos e tomamos muita manzanilla, a bebida típica da Feria, uma espécie de aguardente que sobe fácil, fácil...


"Que roupa coloco na minha filha para a festa? Ah! Aquela simples e cômoda!"

Nova editoria, novas matérias

Pois é, a notícia já é meio velha. Semana passada mudei do El Viajero para a editoria Domingo. Fechamos um suplemento com esse nome que sai... bem, o nome já diz o dia que sai, e toda a edição de domingo. Essa edição do El País é quase uma entidade aqui na Espanha. Isso porque o jornal vende o dobro neste dia (e olha que custa 2,20 euros, o dobro de durante a semana). Não lembro bem os dados, mas acho que é uma tiragem de mais de 2 milhões de exemplares. Bueno, dito isso, imaginem minha felicidade de publicar logo na primeira semana no "DOMINGO". Na verdade, nem sabia desta aura que ronda os textos publicados neste dia. Só descobri que tinha um peso maior depois que uns tantos neguinhos vieram me perguntar, acho que incrédulos, se meu artigo ir sair no domingo, mesmo. E eu na maior inocência: "Sí, sí, por supuesto". Como diria a grande amiga-pernambucana Iara, Rainha do Maracatu, "Tô mais feliz que pinto no lixo". Segue abaixo o link da matéria.

http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Suspense/politico/Amazonia/elpepusoc/20080525elpepisoc_5/Tes