quinta-feira, 29 de julho de 2010

Caçador?

Só me dei conta que era curioso uma cidade se chamar Caçador depois que me larguei do Sul. Lá, Caçador é - ou era, não sei - uma pujante cidade do meio-oeste catarinense. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não questionam porque Caçador é Caçador. Aqui, me olham torto, com uma cara de "sério?!", quando falo. De certo imaginavam um busto em bronze de um, enfim, caçador - com espingarda numa mão e um marreco selvagem abatido na outra - fincado no meio da praça em honra ao fundador da cidade, um, sim, caçador. Ok, admito, é engraçadinho. 

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Em Caçador vivi até os 13. Curioso que até hoje TUDO nos meus sonhos acontece em Caçador. Invasão de alienígenas? Caçador. Ganhei na megasena 20 milhões e comprei um apartamento em... Paris? Não, Caçador. Sonhos no estilo A Hora do Pesadelo? Caçador é o cenário. Saí de casa e esqueci de vestir as calças? Piada em Caçador. Alguém me explica isso, por favor?

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Memórias de Caçador
Fogão a lenha (com pinhão sapecando na chapa, melhor ainda). Lindo porque deixava a casa quente. Uma desgraça porque no meio da noite a brasa acabava e levantar de manhã era uma tortura. E dá-lhe buscar lenha na pilha debaixo da casa para acender o fogo de manhã. Calefação nas casas para aguentar invernos com mínimas de, tipo, -5ºC? Para quê se tem o fogão a lenha e se pode dormir com 7 cobertores? PS.: um deles de pena e tão grosso que no verão poderia virar pula-pula.

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Amanhã parto para uma viagem para Caçador. Por isso a lembrança. Voltar dez anos depois em um carrão conversível numa inspiração Tieta volta para casa? Nada. Doze horas de viagem. Ônibus mais caro que avião (e com alguma freira e padre dentro, pois SEMPRE tem uma freira e um padre indo para aquele rincões, sério). Chegada na "rodô" baixo um frio de -1. Não, não estou reclamando. Viver tudo isso de novo faz parte do processo.

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Nossa, ainda lembro o hino de Caçador. Deus. 

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PS.: o nome do município de Caçador faz referência ao Rio Caçador - ainda que numa prova da segunda série do primeiro grau tenha escrito, e me lembro até hoje, que seria porque na região tem muitos pinheiros. Hein?! Não lembro qual foi o raciocínio na época. 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre promessas não cumpridas

Não sou de cumprir promessas. Fato. Chega o meio do ano, meu aniversário está pintando por aí, e vem a fase de auto-análise. Tudo que já foi escrito aqui nesse blog: duvide. Mas duvide mesmo, com fé, porque nem eu mais acredito em mim mesmo. Vamos aos fatos.

Decidi que vou aprender a dirigir. Mentira. Não, não de um todo. Sim, agora sei que tenho que aprender. Mas não movi um músculo em direção a isso. Verdade: algum dia aprenderei. Não vai ser nesse mês - e duvido que seja nesse ano.

Nunca vou entrar no Twitter. Mentira. Serei obrigado a entrar "profissionalmente" em breve. Não pessoa física. Mas como jurídica já está valendo. Logo: mentiroso de uma figa (alguém ainda usa essa expressão?).

Voltando à vida (assunto no último post bissexto). Mentira das grandes. Vida, essa desconhecida. Vida? Comer, fumar, dormir, trabalhar, trabalhar e.... trabalhar. Vida social? Boa noite para a Fátima e para o Bonner vale como interação além da que tenho com irmãos e amigos que são tão irmãos que nem contam mais na conta de "interação com não familiares"? Novos amigos? Só se valer o tio da banca que já sabe que troquei o Malboro Light pelo novíssimo Malboro Filter Plus.

Vou aprender a reservar tempos para mim. Bueno, não chega a ser mentira porque era um desejo, não uma certeza. Não, ainda não aprendi. Já que não quero mais mentir, mudo para: nunca vou aprender a reservar tempos para mim. Talvez essa seja a maior verdade.

A vida de frila amplia a possibilidade de novas janelas - até aqui verdade, ufa - e você descobre que sim, podem haver janelas coloridas. Hum... meia verdade. Sim, as janelas estão aí sempre. Coloridas? Nem sempre. Sim, elas aparecem, mas sempre quando você não tem tempo. E geralmente as em preto e branco são as que pagam o mês.

Reclamar é o que faço de melhor. Verdade das grandes. Fato.

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Parte II:
Promessas para o segundo semestre de 2010.

( ) voltar a nadar
( ) parar de fumar
( ) emagrecer
( ) ter vida social
( ) me organizar
( ) trabalhar menos
(X) encarar a realidade e não acreditar em nenhuma das promessas anteriores porque, não, não vou cumprir. Fato.