quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nova n.magazine!



E tem nova n.magazine na praça. Os amigos que acompanham de perto a produção - e mesmo os que não acompanham, mas sabem o trabalhão que dá - são a prova que cada edição é um esforço sobre-humano. Editora independente não é moleza, não. Agradeço muito a todos que colocaram a mão na massa - e o coração - e ajudaram a colocar mais esse número nas bancas. E peço, na cara dura: divulguem, contem, comentem, mencionem, linken, sigam (sim, estamos no Twitter, dá para acessar a partir do blog - PS: não, ainda não me rendi, mas a revista, sim), curtam (Facebook também... mesmo caminho).

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Saldo de agosto/setembro:
2 guias OK
1 revista OK
1 matéria OK
nenhum ataque do coração OK

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nas bancas - parte I

E começam a chegar da Arábia Saudita – na verdade não sei se é de lá mesmo... sei que é de algum país X para onde mandam guias que, meses depois, se materializam nas bancas por aqui – os guias editados no início do ano. Nas bancas, o da América do Sul. Renovado, ampliado e suado, muito suado... Que tal um pulo na Guiana, Guiana Francesa ou Suriname? Também tem, juro. Além dos clássicos, claro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Era da urgência

Está me dando uma agonia essa coisa desenfreada do Twitter, blogs e as demais - e faladas exaustivamente - novas mídias. Tudo é o agora. Tudo é urgente. Perdeu o que saiu há dois minutos? Perdeu. Sem querer - ou querendo - você fica ligado, ansioso até. Sem querer - e meio na obrigação de querer - lá está você procurando o assunto da hora (nem do dia é mais), que leva à repercussão do minuto, que conduz à expectativa dos próximos segundos. É uma correria insana pela informação, que em 90% dos casos não é de valia nenhuma. 

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Caiu um avião. Dois minutos depois, no site: "Você viu o acidente? Mande a imagem para nós". E lá vem a foto meia boca e uma materiazinha (ou, vá lá, foto-legenda) baseada nas suposições da tiazinha que tinha ido na padaria e viu um avião cair. "Acho que vi uma explosão na asa" - mentira, ela estava de olho no brioche que havia comprado. E a informação vira verdade na manchete em caixa-alta do portal até que algum especialista mais sensato desminta. A ânsia de informar (ou desinformar) antes. Me dá agonia.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lista do mês

Pequena lista de afazeres até 27 de agosto:

- editar um guia sobre cursos no exterior (100 páginas, obrigado)
- editar uma revista sobre estâncias de São Paulo (100 páginas, não tem de quê)
- escrever um matéria sobre o Atacama (perto das outras 200 páginas, é quase férias no meio do período)
- escrever uma publireportagem (bom, então esse aqui seria o sábatico no decorrer da epopéia)

E... toma fôlego

- escrever, editar, coordenar, dirigir, vender anúncio, negociar, fechar envelope, carregar revista, decidir capa, colar selo, escrever posts, pautar o mundo, cobrar Deus e o mundo, levar para a gráfica, acompanhar a gráfica, cuidar da contabilidade, descobrir que contabilidade é o meu fraco, cobrir buracos, abrir burados para se enfiar... enfim, deu para entender, da n.magazine. (100 páginas, mas valem por 1000)

- evitar um enfarto

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Mãe: Filho, tens que aprender a organizar teu tempo.
Filho: Mas, mãe, está organizado! Tenho que trabalhar desde o momento que acordo até o horário de dormir. E ponto.

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Exclusivo: Larissa Riquelme nua!

Ok, brincadeirinha só para ver se aumenta a audiência desse blog quase "descontinuado", como diriam na Abril.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Caçador?

Só me dei conta que era curioso uma cidade se chamar Caçador depois que me larguei do Sul. Lá, Caçador é - ou era, não sei - uma pujante cidade do meio-oeste catarinense. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não questionam porque Caçador é Caçador. Aqui, me olham torto, com uma cara de "sério?!", quando falo. De certo imaginavam um busto em bronze de um, enfim, caçador - com espingarda numa mão e um marreco selvagem abatido na outra - fincado no meio da praça em honra ao fundador da cidade, um, sim, caçador. Ok, admito, é engraçadinho. 

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Em Caçador vivi até os 13. Curioso que até hoje TUDO nos meus sonhos acontece em Caçador. Invasão de alienígenas? Caçador. Ganhei na megasena 20 milhões e comprei um apartamento em... Paris? Não, Caçador. Sonhos no estilo A Hora do Pesadelo? Caçador é o cenário. Saí de casa e esqueci de vestir as calças? Piada em Caçador. Alguém me explica isso, por favor?

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Memórias de Caçador
Fogão a lenha (com pinhão sapecando na chapa, melhor ainda). Lindo porque deixava a casa quente. Uma desgraça porque no meio da noite a brasa acabava e levantar de manhã era uma tortura. E dá-lhe buscar lenha na pilha debaixo da casa para acender o fogo de manhã. Calefação nas casas para aguentar invernos com mínimas de, tipo, -5ºC? Para quê se tem o fogão a lenha e se pode dormir com 7 cobertores? PS.: um deles de pena e tão grosso que no verão poderia virar pula-pula.

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Amanhã parto para uma viagem para Caçador. Por isso a lembrança. Voltar dez anos depois em um carrão conversível numa inspiração Tieta volta para casa? Nada. Doze horas de viagem. Ônibus mais caro que avião (e com alguma freira e padre dentro, pois SEMPRE tem uma freira e um padre indo para aquele rincões, sério). Chegada na "rodô" baixo um frio de -1. Não, não estou reclamando. Viver tudo isso de novo faz parte do processo.

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Nossa, ainda lembro o hino de Caçador. Deus. 

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PS.: o nome do município de Caçador faz referência ao Rio Caçador - ainda que numa prova da segunda série do primeiro grau tenha escrito, e me lembro até hoje, que seria porque na região tem muitos pinheiros. Hein?! Não lembro qual foi o raciocínio na época. 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre promessas não cumpridas

Não sou de cumprir promessas. Fato. Chega o meio do ano, meu aniversário está pintando por aí, e vem a fase de auto-análise. Tudo que já foi escrito aqui nesse blog: duvide. Mas duvide mesmo, com fé, porque nem eu mais acredito em mim mesmo. Vamos aos fatos.

Decidi que vou aprender a dirigir. Mentira. Não, não de um todo. Sim, agora sei que tenho que aprender. Mas não movi um músculo em direção a isso. Verdade: algum dia aprenderei. Não vai ser nesse mês - e duvido que seja nesse ano.

Nunca vou entrar no Twitter. Mentira. Serei obrigado a entrar "profissionalmente" em breve. Não pessoa física. Mas como jurídica já está valendo. Logo: mentiroso de uma figa (alguém ainda usa essa expressão?).

Voltando à vida (assunto no último post bissexto). Mentira das grandes. Vida, essa desconhecida. Vida? Comer, fumar, dormir, trabalhar, trabalhar e.... trabalhar. Vida social? Boa noite para a Fátima e para o Bonner vale como interação além da que tenho com irmãos e amigos que são tão irmãos que nem contam mais na conta de "interação com não familiares"? Novos amigos? Só se valer o tio da banca que já sabe que troquei o Malboro Light pelo novíssimo Malboro Filter Plus.

Vou aprender a reservar tempos para mim. Bueno, não chega a ser mentira porque era um desejo, não uma certeza. Não, ainda não aprendi. Já que não quero mais mentir, mudo para: nunca vou aprender a reservar tempos para mim. Talvez essa seja a maior verdade.

A vida de frila amplia a possibilidade de novas janelas - até aqui verdade, ufa - e você descobre que sim, podem haver janelas coloridas. Hum... meia verdade. Sim, as janelas estão aí sempre. Coloridas? Nem sempre. Sim, elas aparecem, mas sempre quando você não tem tempo. E geralmente as em preto e branco são as que pagam o mês.

Reclamar é o que faço de melhor. Verdade das grandes. Fato.

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Parte II:
Promessas para o segundo semestre de 2010.

( ) voltar a nadar
( ) parar de fumar
( ) emagrecer
( ) ter vida social
( ) me organizar
( ) trabalhar menos
(X) encarar a realidade e não acreditar em nenhuma das promessas anteriores porque, não, não vou cumprir. Fato.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Da assessoria de imprensa

Voltando. Voltando. Depois de ter me exilado em três projetos. Depois de ter dormido três horas por dia nas últimas três semanas. Voltando à vida, essa que me parecia tão distante nos últimos meses. 

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Voltando reclamando, que começo a achar que é o que faço melhor. 

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Situação: você está escrevendo uma matéria para o El País. Não é jornal da esquina, nem a revista customizada de uma marca X. Você precisa de fotos. Fotos grandes, porque vão abrir gigantonas na páginas. Você liga para as assessorias de imprensa. Você menciona o que precisa, diz que se vier uma foto boa há boas possibilidades de entrar grandão. Você é uma cara camarada e ainda dá dicas de como eles gostam da foto. No caso: não adianta mandar foto do restaurante sem gente. Simplesmente NÃO ADIANTA. Eles não dão foto de mesa vazia com pratos e copos à espera de alguém que não está ali. Eles não querem dicas de decoração de restaurantes, eles querem GENTE. Você diz: a matéria foi adiantada, então já manda em alta, senão corremos o risco de não dar tempo.

Resultado: chegam fotos sem uma viva alma. Chegam fotos em baixa. Chegam fotos que não daria para publicar nem no jornal da esquina, nem da customizada da Marabraz. Que parte não entenderam, me pergunto?

Se fosse eu: trabalhei um tempinho mínimo em assessoria. Foi meu primeiro emprego fora universidade. Mas nos três meses que fiquei na Del Mondo, em Floripa, aprendi muito com a Sílvia Zamboni. Lembrei muito dela nesse caso. Aposto - na verdade tenho certeza - que ela ligaria os fatos: El País + reportagem + se vem foto boa tem boa chance de destaque. E moveria o mundo em menos de três horas para conseguir a melhor foto de todas, caso já não a tivesse. Chamaria um fotógrafo, reuniria os amigos no restaurante para ter gente, criaria o ambiente e mandaria tudo no prazo, e lindo. Quanto é a saída simples de um fotógrafo? Chega a R$ 300? Não vale gastar R$ 300 para fazer, afinal, o que se é pago para fazer: divulgar o lugar? Eu gastaria. Ela gastaria. Porque os R$ 300 iriam virar, R$ 5.000 se contar o espaço X preço de anúncio. 

Mais sobre a Sílvia: como disse, lembrei muito daquela época e do que aprendi em pouco tempo. Lembro de uma vez que ela estava numa reunião com um novo cliente. E eu, estagiário, ouvindo tudo de orelhada. Ela pergunta para o cliente: "Onde você quer chegar com nossa ajuda". E o cara, dono de uma construtora mais ou menos pequena, sem chances de render reportagens de lá muito brilho, tasca: "No Jornal Nacional". Fodeu, pensei.  Com  base no que os caras queriam ela fazia os planos de assessoria - e os custos, claro. Nem três meses depois, o cara estava no Jornal Nacional. Lembro também de que eu, estagiário, fiz uma mezzo cagada numa nota para o Cacau, aquele. Para os outros, os de fora, ela me defendeu bravamente e assumiu o NOSSO erro. Ali, dentro da agência, levei uma carcada. Mas ficou a dica que procuro levar sempre: não use seu subordinado de escudo. Se ele errou, o erro é seu também. Afinal, você é o chefe para isso. 

Finalizando:  talvez você tenha se perguntado: mas porque o El País não mandou então fazer a foto? Porque então ele não gastou os tais 300 pilas? Vale jogar a culpa nas assessorias? Respondo só uma: sim, vale. Esse é o trabalho delas. Não tem bom material de divulgação dos seus clientes? Erro seu. É mais ou menos como Ronaldo chegar na Copa gordo. Não cumpriu seu trabalho direito. Ponto. As outras respostas? São assunto para outro post que esse já está grande...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Procura-se

Pois é, desapareci daqui. Mas por boas razões. Estava cuidando do lançamento de outro blog, o da n.magazine (ok, ok, estou monotemático, praticamente). Vamos ver se consigo arranjar um tempo para tudo. Eu voto para que os dias passem a ter 32 horas - ou que eu mude o péssimo costume de nunca dormir antes da uma hora. 

Em tempo: peço a ajuda de todos para ajudarem a divulgar o blog da n.magazine: http://n-magazine.blogspot.com . Vocês sabem que lançar uma revista independente não é nada fácil, então é preciso contar com o boca a boca e a ajuda dos amigos nessa tarefa. Abaixo, nosso flyer que pode - e deve - ser repassado.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dia de fúria

O pior não é passar 15 horas dentro do carro no calor do cão para fazer a ponte SC-SP. O que dá raiva é você estar certinho na fila interminável de carros e ver o povo furando a fila pelo acostamento. É daquele tipo de raiva que dá uma fisgada no estômago. Sempre lembro que meu sonho quando criança, nas também intermináveis viagens dos rincões da Santa Catarina profunda ao mar - carro abarrotado, cachorro no colo, eu e meus irmãos sentados sobre 5 camadas de cobertores que não couberam no porta-malas nem na carga amarrada sobre o carro com lona amarelo ovo -. Ops, elipse demais. Bom, voltando: lembro que meu sonho era ter uma madeira com pregos para jogar no acostamento para que não fizessem isso. Também imaginava um aparato tipo "carro do Batman", que, no momento em que um espertinho fizesse isso, os pneus do carro - dele, claro - eram atingidos por dardos. Pensando bem, ontem sonhei com a mesma coisa... ou pior.