terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dormindo no sofá alheio

Ok, Couchsurfing não é nenhuma novidade. Mas muita gente ainda se admira quando conto as histórias de dormir no sofá alheio. Para quem ainda não sabe: Couchsurfing é uma rede de pessoas que oferecem seus sofás para viajantes e, lógico, de viajantes que buscam um sofá para estirar o corpo cansado. Mas vamos às perguntas básicas que são feitas:

Mas não paga nada, nadinha?

Não. É grátis. É free.

O que então eles ganham com isso?


Amigos, para começar. Fora que vão criando uma mega-rede-mundial de contatos para viajar pelos sofás amigos quando precisarem - duvido alguém que foi recebido negar.

O que você ganha com isso?

Amigos, primeiramente. Economia de hospedagem, que geralmente é o maior gasto da viagem depois da passagem. Dicas de turismo de quem mora lá. Normalmente quem recebe faz um tour pelos principais locais com os visitantes, recomenda os melhores restaurantes, bares, cafés. Dá sugestões espertas.

Não é perigoso?

Olha, de milhões de couchsurfers pelo mundo, pouquíssimas são as histórias de casos ruins. Raras, mesmo. Normalmente é gente como a gente que gosta de contar histórias, fazer amizades, receber - no sentido mais altruísta da expressão, mesmo.

Ah, mas sou mulher, sozinha, não me arrisco....

Mas você pode escolher quem vai te receber, da mesma forma que eles escolhem quem recebe. Você vê a fichinha da pessoa, as avaliações que ela recebeu de outros couchsurfers, vê a cara da pessoa - o que não diz muito, mas se o cara coloca uma foto com cara de louco é porque provavelmente ele é mais louco ainda, melhor evitar. Então, meninas podem escolher ficar em meninas se assim se sentem mais seguras. Meninos também podem escolher ficar em meninas, claro, aumentando as chances do, digamos, bedsurfing.

Mas eu não posso receber.

Sem problema. Você não é obrigado a oferecer seu sofá no site. Aliás, você pode se cadastrar apenas como "posso tomar um café", "posso passear pela cidade"... Ou nem isso.

E como são os apês?

Depende. Tem gente que deixa um quarto livre para o visitante, com cama e tudo. Tem gente que tem casa com piscina. Tem gente que só tem um espaço para jogar um saco de dormir. Tem muquifo. Tem mansão. Tem apê de gente como a gente. Tem gente que te entrega uma chave de casa e te deixa livre. Tem gente que combina horário máximo para voltar para casa. Tudo depende do acordo que fizerem...

PLUS A +

Agosto de 2008, alto verão europeu, todo mundo viajando. O único lugar que conseguimos (viajámos em 3) em Atenas foi o apê de cara que recebia 17 pessoas por dia. Isso, 17, no apê de UM quarto. Tinha gente cobrindo todo o chão, em todos os cômodos. A chave da portaria ficava debaixo do banco de uma moto esquecida na rua. A do apê ficava debaixo do tapete. Coincidência: outros dois amigos que estavam viajando pela Europa estavam no mesmo apê. Detalhe: o apê tinha vista para o Pathernon. Quer melhor? Quatro dias de graça no melhor lugar de Atenas, conhecendo gente do mundo inteiro?

Na mesma viagem: Praga. Esse era estranho. O cara colecionava sachês de açúcar de cafés, amostras de shampoo, desodorante e afins. O apê era de cômodo único e ele falava dormindo. Apesar de tudo, no final foi ok. Tanto que ele foi viajar e nos deixou a chave do apê. Isso, deixou o apê para nós. Confesso que até eu achei o máximo do desprendimento.


Na foto, o grego louco que recebe 17 pessoas por dia em seu apê é o de dedo levantado. Os outros são os amigos que viajavam comigo. Nesse dia indo para uma praia perto de Atenas que não conheceríamos se não fosse a dica do anfitrião.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De mochila ou maleta

Diretamente da Dudu's Padaria - mas isso não quer dizer que os pães saem queimados, crus ou com cabelo, fique claro -, dois novos lançamentos numa banca perto de você! Fora brincadeira, tenho carinho especial por estes dois. O da América do Sul porque pude colocar muita experiência de viagem nele, além de ver pela primeira vez um grande número de fotos publicadas. Tem esse nome porque é praticamente um América do Sul for Dummies - no melhor sentido da expressão, se é que há algum... bueno, mas dá para entender. Tem dicas "jovens" (entre aspas porque nem eu saberia explicar o que são dicas jovens), barbadas e macetes. Pensando bem, dicas jovens, barbadas e macetes???? Isso está parecendo texto de Malhação. Bueno, adiante. Já o da Melhor Idade porque é um projeto novo do Guia Quatro Rodas, de fazer em revista o que fazem em guia. Então foi ótimo criar um estilo, pensar junto um design, uma ideia.

sábado, 12 de setembro de 2009

Cenas do próximo capítulo

Depois de Caminho das Índias e todo seu "are baba" e cia. possível - abre parênteses: acho impressionante como as novelas criam portes-aéreas insólitas, tipo Rio-Índia em 45 minutos, SP-Turquia em meia hora... -, a próxima novela da Globo vai mostrar a Jordânia. Mas nessa é só aquela enjambração de início de temporada: as pessoas têm paixões fulminantes no exterior - abre parênteses: só em novelas devem jogar afrodisíaco no avião, senão eu já estava casado, com cinco filhos peruanos e três equatorianos do primeiro matrimônio -, por alguma razão se desencontram, passam 346 capítulos sem se ver e, lá no final, no dia derradeiro, se entreolham por acaso na rua, redescobrem a paixão, casam, têm filhos, matam a vilã e vivem felizes para sempre - tudo em mais ou menos 23 minutos, com comerciais. Ou seja, deixem a TV no mudo e, na primeira semana, aproveitem para ver que lindo é o país. Não quer tortura? Dudu's Corporation fez fotos e antecipa imagens exclusivas - da Jordânia, não da novela, claro:


Jerash, cidade romana perto de Amã, a capital


Teatro de Jerash


Beduínos no deserto de Wadi Rum, onde dormimos em um tradicional (ou, vá lá, meio turístico) acampamento beduíno - e enfrentamos tempestade de areia.


Mesquita em Amã.


Lá longe, o Mar Morto. Sim, é beeem salgado. Sim, não afunda. Sim, me entupi de lama até a orelha - e saí parecendo 23 minutos mais jovem.


As covas e palácios de Little Petra são esculpidos na rocha - assim como da mais famosa, Petra, mas dessa, acreditem, não tenho foto ainda, meus amigos fotógrafos vão mandar, assim espero.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Numa banca longe de você

A edição de outono da Naif. E já se passou um ano... E a filha já anda. E lá vai o clichê: como o tempo voa! No link abaixo dá para folhear algumas páginas da revista. Para ver inteira... Bem... Por enquanto só assinando. Entregamos no Brasil - e Austrália, Peru, Argentina, Japão, EUA, Alemanha...