quarta-feira, 19 de março de 2008

A loucura das Fallas

Este fim de semana fui conferir as Fallas de Valencia. A festa é uma loucura, milhares de pessoas circulando pelas ruas do centro histórico da cidade. Dia, tarde e madrugada adentro. A grande atração da festa são as fallas, esculturas gigantes - umas menores também - colocadas em cada esquina. É uma espécie de carro alegórico parado. E, confesso, com acabamento bem melhor que os do carnaval do Rio. Quem constrói elas são os falleros, que podem ser vizinhos de um bairro que economizam todo o ano para paga a falla. Se bem que empresas estão colocando muito dinheiro em algumas fallas, o que é criticado pelos falleros autênticos, pois acaba com a competição honesta. Sim, há uma disputa de falla mais bonita.



Reparem não apenas no tamanho desta, mas também na proximidade da falla com os prédios. E olha que essa nem era a mais próxima. Algumas são coladinhas aos edifícios. Qual o problema? É que no dia 18 de março todas - todas, mesmo, as 300 e tantas - são queimadas ali, mesmo, em plena rua. Infelizmente não pude ficar para ver, mas dizem que é um misto de basbaquismo, horror, admiração e medo. Uma cortina de fumaça e fogo ardendo perto dos prédios e, claro, das pessoas. Há um regra: todo ano tem incêncio - por quê será? - e alguém que perde o olho.



Essa é a maior falla a cidade, com cerca de 30 metros. Esse ano o empresário de construção civil "dono" dela gastou 1 milhão de euros nela. O que, na verdade, é uma grande sacanagem com os outros falleros, pois participam na competição especial - algo como escolas de samba do grupo A - as fallas que custarem pelo menos metade do maior valor gasto no último ano. Ou seja, ele elevou o ponto de corte para 2009 em 500 mil euros. Abaixo um detalhe dela. Com tanto dinheiro assim tinha que ser bonita, mesmo.



Mas a festa tem mais. Todo dia, 14 horas, a Plaza del Ayuntamento recebem uma multidão de pessoas para acompanhar a mascletá, uma queima de fogos de uns 5 minutos. Achei estranho os pessoal do meu lado colocando tampões de ouvido antes... até que descobri porque. Até hoje estou meio surdo. Olha a multidão:



E, por supuesto, ir a Valencia e não comer a verdadeira paella... valenciana seria uma heresia. Fomos com a Rachel (primeira à direita), que mora lá, comer num dos restaurante mais conhecidos, na praia.



E também teve tourada, mas isso é assunto para outro post. Abaixo, uma fotinho para adelantar o tema.

Um comentário:

Diogo Schelp disse...

Pô, as fotos estão muito legais. abs, Diogo