terça-feira, 7 de outubro de 2008

Saudade

Saudade no fundo é bom. É bom porque nos faz lembrar constantemente de quem mesmo longe está perto da gente. Perto na memória, perto no coração. É bom porque saudade vem com recuerdos e nunca são lembranças ruins. Sempre são acontecimentos, imagens, cheiros e sensações que marcaram. Saudade pode ter cheiro de café. Pode ter textura de cobertor (ah! aquela manta carcomida cor de amarelo ovo, o bom e velho frugui-frugui). Pode ser a visão da manteiga derretendo em um pão de aipim. Pode ser o recuerdo de uma lágrima vertida dentro de um ônibus rumo a Curitiba numa madrugada bajo cero na rodoviária de Caçador. Saudade é a prova mais fiel de que amamos. Pais, irmãos e amigos.

Abaixo, duas fotos de coisas que me despertaram saudade em Dresden, Alemanha, já explico porque:

Bolo de requeijão. A especialidade da Dona Lisette, minha mãe. Nem na Alemanha fazem um tão bom quanto o seu.


E não é que tinha um bar com o nome da cidade onde nasci?

Um comentário:

MALU, SIMPLES ASSIM disse...

Que lindo texto, Dudu! Assino embaixo!
Bjs.
PS. Tô de volta! Depois escrevo com calma pra ti.