Já estou acostumado com a cara de surpresa quando digo isso. E tem gente que acha que é uma opção "sustentável". Até é, mas, não, eu não dirijo, mesmo. Olha, e até hoje me virei muito bem - obrigado, amigos de carona. Confesso que por duas vezes me inscrevi na auto escola. Na primeira, mal tinha feito as eletrizantes aulas teóricas - com uma professora que dizia "menas coisas" - veio o convite para mudar de trabalho, e de cidade. Lá estou eu um ano e pouco em novas paragens e resolvo tentar de novo. Na fila do Detran para reativar o pedido de carteira de motorista, sou informado que o sistema geral caiu. Parece mentira, mas voltou uma semana depois, minutos após eu ser informado que teria que voltar para São Paulo. É o destino que não quer que eu dirija. Ok, aceito.
Causo plus:
Recentemente, numa boate badalada de Floripa, dessas frequentadas pela rapeize, como diria um colunista de lá, estou falando com uma menina. No meio da conversa, percebo que ela tem a necessidade intrínseca de me contar que carro dirige, mas intrínseca, mesmo, dessas incontroláveis. Papo chato, por pura sacanagem desvio do assunto ao máximo. E lá volta a conversa do carro que ela dirige. Deixo a deixa escapar...e lá vem... "Pois é, tenho uma Pajero". E eu com isso? Poderia parar por aí, mas, claro que não: "E você?". Assim, na lata. Hein? Ela quer saber que carro tenho? Captei bem? Não, não vale a pena: "Eu não sei nem ligar um carro". Dois minutos depois estava sozinho.